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Dança, Passarela, Mundo Digital, Designer e… Rainha

Enfim, essa é Paula Santos, 27 anos, Rainha da Bateria do Morro da Casa Verde

Natural de Nova Iguaçu – RJ, essa carioca, intensa, forte, bela, super sonhadora e realizadora, concedeu entrevista a Revista Nosso Bairro, contando tudo ou “quase tudo”, desde sua infância até reinar no Sambódromo Paulistano.
Trajetória, da infância no Rio para o Mundo:  “Sempre lutei por tudo que queria desde muito nova e sempre tive muito apoio da minha família em tudo. Comecei a dançar com meus 3 anos de idade, fiz inúmeras modalidades, como: ballet clássico, jazz, hip hop, dança do ventre, dança moderna, dança contemporânea, dança de salão e até me arrisquei em algumas lutas como judô e muay thai.
Aos 16 anos terminei meus estudos e me formei em bailarina/coreógrafa profissional pelo Sindicato dos Profissionais da Dança do Rio de Janeiro. Desde então, comecei a trabalhar com dança na tv, shows, perfomances e também dava aulas para crianças.
Aos meus 17 pra 18 anos, abri minha própria escola de dança e luta, juntamente com meu irmão e suporte dos meus pais. Que era o Centro Artístico Paula Santos, onde fiquei durante 5 anos, dirigindo a academia e levando muita arte para o meu bairro através da dança. Me orgulho muito disso. Além de também ter me formado em Designer de interiores nessa época.
Com 23 pra 24 anos, eu fui aprovada para fazer parte do Ballet oficial do Domingao do Faustão, onde precisei migrar toda a minha vida para São Paulo e ali fiquei por lindos e intensos 4 anos, participei juntamente com o Fausto na Rede Globo de inúmeros quadros e momentos especiais, consegui me profissionalizar em atriz e até a Dança dos Famosos por algumas vezes eu fiz também. No momento que o Fausto mudou de emissora para a Rede Bandeirantes, eu também o acompanhei como bailarina oficial do programa.
No ano passado, com 26 anos me despedi desse cargo de bailarina do Faustão e iniciei meus projetos como influenciadora digital e modelo de uma das maiores agências de modelo do Brasil, a FORD MODELS. E desde então, estou trabalhando pesado e focando minha energia no que realmente merece a devida atenção. E por fim, desde 2020 pra cá tenho me entregado pra esse mundo do samba/carnaval, que me encanta e me apaixonada a cada dia mais. Reconheço que sem Deus e o apoio da minha família, nada disso seria possível.
Sou muito feliz e eternamente grata pela história que construí até aqui e quero continuar construindo, incentivando, ajudando e encorajando outras meninas. Que vem de lugares completamente improváveis, assim como eu, a conseguirem ganhar sua própria independência, autonomia e responsabilidade, aqui nesse mundão, chamado São Paulo. Sinto que estou no caminho certo!”
rainha-da-bateria_2Chegada no G.R.C.S. Escola de Samba Morro da Casa Verde: Em tempo, o Morro da casa Verde foi fundado em 6 de abril de 1962, é uma das escolas de samba mais tradicionais da cidade, tendo participado do primeiro desfile organizado em São Paulo, em 1968. As cores da escola foram escolhidas pelo seu fundador, Sr. Zézinho do Banjo. Ele era mangueirense e resolveu homenagear sua escola de coração, daí a origem das cores verde e rosa. O nome da escola, Morro da Casa Verde, se deve ao fato de, na época da fundação, no local onde ela nasceu, havia uma ponte de madeira e ao chegar na ponte, só existia uma casinha, bem no “morro de cor verde”. Da mesma origem é a ideia do emblema da escola.
“Costumo dizer que meu amor pelo Morro, foi um amor de pandemia, que veio pra ficar rsrs… Pois tudo começou através das aulas de Samba que eu fazia online com a Mayara Santos, (grande referência dentro do Carnaval de São Paulo) e no decorrer das aulas, fui me aprofundando dentro desse meio que pra mim já era uma paixão de criança, devido vir de família onde todos são do samba internamente ou não. E assim, eu fui.. durante dois anos me preparando pra uma oportunidade que eu tinha certeza que um dia chegaria, E CHEGOU! Surgiu esta oportunidade dentro da corte do Morro, como Musa que também foi através da Mayara, inclusive agora ela é minha Coach do samba. Fiquei neste cargo durante o ano de 2022. Foi maravilhoso, uma experiência única, coberta de inúmeros aprendizados. E agora em 2023 tive o convite para vir como rainha, sozinha na frente da bateria e obviamente foi um convite super aceito de imediato, pois o Morro da Casa Verde é uma eterna escola pra mim, na qual eu amo estar presente e aprender com cada um, dia após dias. Além de sempre ser muito bem recebida e respeitada”.
Seu papel para com a Escola e comunidade: “Eu acredito que eu seja responsável por inúmeros papéis lá dentro. Um deles, é encorajar e influenciar positividade todas as meninas da escola e comunidade a não desistirem dos seus sonhos e acreditarem que se foi possível pra mim, também pode ser possível para cada uma delas. Outro papel importantíssimo é a capacidade de decifrar através dos meus movimentos tudo que a bateria deseja expor para cada ouvinte/telespectador. Costumamos dizer que, a bateria é o coração da Escola e eu preciso acrescentar com maestria o que cada ritmista desenvolve em cena. Além de também ter o papel de preencher espaços, caso necessário, sanando assim, qualquer tipo de problemática. E o principal, ao meu ver.. é ser profissional, comprometida e responsável a todo tempo com a Escola e comunidade.
Pra finalizar, o que é ser uma rainha de bateria pra você?
Ser rainha de uma bateria é um sonho realizado pra mim, sempre almejei estar nesse lugar e sou eternamente grata a todos do Morro da Casa Verde, pelo privilégio  em contribuir com a minha arte numa função tão especial como essa. Ser rainha.. é ser e ter responsabilidade, é ser e ter simpatia com todos ao redor, é chegar pra somar e contribuir no que for possível.

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