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Confira como enfrentar melhor os impactos da pandemia na saúde mental

Após mais de um ano enfrentando a pandemia causada pelo novo coronavírus, além de sequelas físicas causadas na maioria dos pacientes, a Covid-19 pode deixar marcas emocionais em todas as pessoas. Até mesmo aquelas não infectadas pelo coronavírus sofrem os impactos provocados pela doença.
O isolamento social necessário para a diminuição do contágio, a mudança da rotina, o luto pela morte de pessoas da família, do ciclo de amigos e até mesmo ídolos, a perda do emprego, o enfrentamento direto da doença, o desafio diário de se reinventar são alguns desses impactos.
Quando o cotidiano muda de forma significativa e negativa, a saúde mental fica abalada e diminui-se a qualidade de vida. O estresse, o cansaço e a ansiedade constantes podem levar à insônia, compulsão alimentar, quadros de irritação, depressão e exaustão física e emocional.
A terapeuta ocupacional Paula Pavan, assessora técnica da área técnica de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), aponta os diversos desafios trazidos pela pandemia de Covid-19 na nossa saúde mental. Ela ressalta que todas as adaptações para o enfrentamento da Covid-19 vieram para ficar.
“Todos nós estamos muito cansados, ninguém está isento do aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais, que se manifestam em forma de depressão, ansiedade, medo e luto para aqueles que perderam algum ente”, detalha a profissional.
Ela ainda observa que tem também os sofrimentos de ordem externa, como a perda de emprego que se transforma em estresse, em medo de não ter como sustentar a família. “Os profissionais da saúde estão numa situação extremamente delicada. São situações limite. E essa onda se manifesta em cada um de nós de maneira singular”, completa.
A terapeuta concorda que, com o passar do tempo, a desesperança bate e só o tempo vai mostrar de fato como uma pessoa vai reagir diante de tudo isso que está acontecendo.
Aprendizado da pandemia – Paula destaca que as pessoas mais extrovertidas, que gostam de sair, as que moram sozinhas, as que trabalham diretamente com a doença, que tiveram a sua rotina alterada pelo home office, que não têm hora para terminar, ou pelo desemprego, bem como as que perderam pessoas próximas, são naturalmente as mais impactadas.
A pandemia traz muitas consequências para a nossa vida e a sociedade como um todo vai ter que se adaptar ainda mais. “Eu, particularmente, acho que o grande aprendizado desta pandemia é a nossa grande falta de controle da vida. A gente passou a se dar conta disso e ‘é o que temos pra hoje’”, comenta.
Mesmo com tantos desafios, a terapeuta aponta que neste processo é necessário aprender a tolerar, não ter resposta para tudo e- principalmente- cuidar da nossa saúde física. Nesse sentido, ela elenca pontos fundamentais que impactam na saúde mental:
– Cuidar da alimentação, com menos quantidade e alimentos mais saudáveis;
– Beber mais água. A hidratação impacta no funcionamento do organismo como um todo;
– Buscar a qualidade do sono, rever a quantidade de horas dormidas e adotar medidas para que o sono seja reparador e sem interrupções;
– Desenvolver uma atividade dentro de casa que não seja ligada às telas (TV, celular, computador, games) e que tenha impacto positivo, como cozinhar, fazer reparos domésticos, etc.
“Quando a pandemia de fato passar ou ser controlada, a gente também vai se adaptar. Vai ser um meio termo para o tal novo normal”, complementa a terapeuta.
Fonte: capital.sp.gov.br

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