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Boa alimentação faz bem para os olhos

Quem já ouviu a vovó dizer “coma cenoura que faz bem para os olhos” ou “formiga no açucareiro não tem problema, porque formiga faz bem para a vista”? Mas será que isso é verdade ou apenas crendice popular? Será que uma boa alimentação é determinante para a saúde dos olhos?
“A vovó não estava errada. Cenoura, ou melhor, o betacaroteno presente na cenoura, faz bem para os olhos, sim. E se a cenoura for orgânica, melhor”, alerta a nutricionista Viviane de Castro Teixeira Alvarenga.
O betacaroteno não é a única substância presente em alimentos que faz bem para os olhos. Outras fontes de vitaminas e minerais também têm essa função. “É importante ingerir alimentos de cores variadas. Quanto mais cores, maior a diversidade de vitaminas e minerais e mais benefícios para a saúde ocular”, explica a nutricionista.
Quais alimentos são bons para a visão?
Das vitaminas, as recomendadas para se manter a boa visão são a A, E e C, presentes em alimentos de cores roxa, vermelha e alaranjada como o açaí, a jabuticaba, a abóbora e o mamão. Elas são antioxidantes e combatem os radicais livres e o envelhecimento dos olhos.
Alimentos ricos em luteína e zeaxantina também são ótimos antioxidantes. Elas são encontradas predominantemente nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes tais como nectarina, laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, ervilha, milho e rúcula.
Dos minerais, os recomendados são o zinco, o magnésio e o cobre. Das gorduras boas, o ômega 3 ajuda na lubrificação e auxilia no combate à síndrome do olho seco. O alho cru é bom para o glaucoma, já que é eficaz na redução da pressão ocular e corporal por ter efeito vasodilatador.
O Guia Alimentar para População Brasileira oferece recomendações para promover a alimentação adequada e saudável e orientar o consumo de alimentos de modo a promover proteção contra as deficiências provenientes da má nutrição.

Glaucoma – O que não comer
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis. O glaucoma é uma das doenças mais comuns que afetam os olhos dos brasileiros. E ele pode ser evitado. Segundo a OMS, mais de um milhão de pessoas sofrem desse mal no País. No mundo, 80 milhões serão atingidas em 2020.
De acordo com o oftalmologista Tarciso Schirmbeck, o glaucoma é assintomático na maioria dos casos. Desta forma, as consultas com o especialista devem ter uma frequência anual a partir de 40 anos, já que este problema costuma ser desenvolvido em idades mais avançadas.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) preconiza que seja realizado um exame oftalmológico na infância e outro na idade adulta, entre 30 e 40 anos. A partir dos 40 anos, a recomendação é de exame anual. Já pessoas com familiares portadores de alguma doença ocular devem fazer exames periodicamente.
O oftalmologista também recomenda controlar adequadamente o diabetes e a hipertensão arterial, que podem causar glaucoma secundário, chamado neovascular. E para controlar o glaucoma, a diabetes e a hipertensão, além de medicamentos sob orientação médica, uma boa alimentação é fundamental.
Alimentos que contenham gordura trans são inflamatórios e devem ser evitados. Assim como os que têm corante, conservante e realçador de sabor (glutamato monossódico).
Já as formigas da vovó, pode esquecer. É crendice. Elas não fazem bem para os olhos.

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